preferenze utente

cerca nell'archivio del sito Cerca cerca nell'archivio del sito


Search comments

ricerca avanzata

Nuovi eventi

Brazil/Guyana/Suriname/FGuiana

nessun evento segnalato nell'ultima settimana

Quando os cardeais do Congresso falam o óbvio

category brazil/guyana/suriname/fguiana | a esquerda | opinião / análise author Monday May 06, 2013 03:25author by Bruno Lima Rocha Segnalare questo messaggio alla redazione

Renan deu a dica, apontando o caminho através da lógica de um cardeal do Congresso acostumado a legislar em causa própria e de seus pares.
estrategiahenriquealvesrenancalheiros.jpg

Se há algo de positivo nesta crise entre o Supremo e o Congresso é que às vezes, alguns cardeais da política brasileira terminam por fazer declarações interessantes. Nesta segunda, 29 de abril, tanto o senador Renan Calheiros (PMDB/AL) como o deputado Henrique Alves (PMDB/RN) disseram o óbvio, mas que se aplicado, pode modificar as relações de força no país.

O ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique declarara que se os poderes não se harmonizarem de forma horizontal, então as mudanças ocorreriam de fora para dentro. É inevitável e irresistível a irônica comparação com a fala de Vargas, “façamos a revolução antes que o povo a faça”. Neste momento, anos luz estamos de qualquer tipo de transformação radical, mas Renan nos orienta como proceder. A partir das forças sociais, há possibilidade real de mudar o proceder dos poderes constituídos, redesenhando inclusive algumas atribuições. É óbvio que para o bom andamento institucional, o ideal seria uma Assembléia Constituinte Revisora, mas com mandato exclusivo, não arriscando assim a Carta Magna aos desejos mundanos do baixo clero do parlamento. Mas, enquanto a mesma não chega – isto se um dia chegar – o caminho é seguir as sábias palavras do ex-aliado de Collor de Mello na república das Alagoas e fazer o que foi feito durante o impeachment de 1992.

Já Henrique Alves apontou para uma saída interessante. Se caso algum Projeto de Emenda Constitucional for a voto, que este não seja decidido através de acórdão de líderes mediante votação simbólica. Tal decisão viria somente através de votação nominal, obviamente difundida e gravada em rede nacional de TV e reproduzida inúmeras vezes. Esta conta, como a de aprovar a emenda da reeleição, ou mesmo projetos privatizantes como o da “reforma” da Previdência, deveria ser paga pelos que nela votaram. Sempre vi a votação nominal como uma forma de defesa dos representantes diante do isolamento dos representados. Esta pode ser uma boa ocasião para ratificar o mecanismo de vez.

No país do casuísmo, a PEC 33 e o Projeto dos Novos Partidos são a parte visível do problema institucional. Aqui o Parlamento pouco legisla e abusa da causa própria, o Judiciário tem fixação no ativismo e o Executivo faz o que quer com maioria fisiológica e através de medidas-provisórias. A suposta harmonia entre os poderes é apenas um argumento de estabilização. Qualquer mudança substantiva, como disse o sábio Renan, terá de vir de fora para dentro, através da força social dos grupos de pressão.

Bruno Lima Rocha

Link esterno: http://estrategiaeanalise.com.br
This page can be viewed in
English Italiano Deutsch
© 2001-2024 Anarkismo.net. Salvo indicazioni diversi da parte dell'autore di un articolo, tutto il contenuto del sito può essere liberamente utilizzato per fini non commerciali sulla rete ed altrove. Le opinioni espresse negli articoli sono quelle dei contributori degli articoli e non sono necessariamente condivise da Anarkismo.net. [ Disclaimer | Privacy ]