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Três lições políticas dos protestos no Brasil

category brazil/guyana/suriname/fguiana | a esquerda | opinião / análise author Sunday July 07, 2013 06:44author by Bruno Lima Rocha Report this post to the editors

O Brasil não será como antes, não ao menos em termos de cultura política. Após dez anos de pasmaceira e vinte e um anos sem manifestações massivas, o país se reencontra com a luta política de rua e de massas. Algumas lições foram transmitidas, dentre as quais elenco três.
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O Brasil não será como antes, não ao menos em termos de cultura política. Após dez anos de pasmaceira e vinte e um anos sem manifestações massivas, o país se reencontra com a luta política de rua e de massas. Algumas lições foram transmitidas, dentre as quais elenco três.

Primeiro, a noção de que os direitos fundamentais não são fruto da ação institucional, mas sim da luta coletiva. Dentro do rigor fiscal e do contingenciamento de verbas públicas, uma política distributiva é fruto direto da pressão popular. Do contrário, a rotina das agendas burocráticas sempre supera a maioria silenciosa. É conta de chegada. Quando uma parte desta maioria mobiliza-se, os ocupantes de postos-chave no Estado se vêem contra a parede.

Segundo, a ideia de auto-organização. Este conceito fundamental para o sindicalismo, também chamado de independência de classe, estava esquecido. Não caberia mais colocar gente na rua utilizando como abre alas uma enorme faixa vermelha ou amarela, para fazer um desfile cívico cidadão com parlamentares ou candidatos a cargos eletivos à frente. Ainda estamos longe da consigna da Argentina em dezembro de 2001 (“que se vayan todos!”), mas ao menos está instaurada a desconfiança no processo decisório dos gabinetes e no jogo dos poderes constituídos.

Terceiro, nota-se que finalmente a internet cumpre seu destino manifesto, o de atingir quem se encontrava atomizado, desorganizado. Este papel, o de falar com a maioria que não faz política no dia a dia e informa-se pouco foi possível através da rede mundial de computadores, em especial nas redes de relacionamento. As conversas entre pessoas conhecidas, grupos de afinidade por causas específicas ou temáticas particulares finalmente conseguiu massificar-se no Brasil. Há cinco anos eu participei de uma pesquisa de campo onde se apontava o uso diário da web entre jovens de 14 a 20 anos. Este era banal, para fins privados e sem temas de fundo. Aumentou o tempo de navegação e o uso da internet móvel. Proporcionalmente, dez por cento de milhões de usuários fizeram a diferença nestas jornadas.

O saldo é positivo. A democracia representativa é exercida por pessoas em cargo eletivo, de confiança, comissão e grupos organizados em prol dos agentes econômicos. A democracia que emerge das ruas brasileiras é outra. Não tem “paciência histórica” e aprendeu o traquejo vendo o andar de cima deitar e rolar; primeiro se pressiona para depois negociar margens de conquistas. Definitivamente, esta é uma nova etapa política.

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ix_elaopa.jpg imageIX ELAOPA, Encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas 05:12 Fri 10 Dec by ELAOPA 1 comments

O ELAOPA (Encontro Latino-Americano de Organizações Populares Autônomas) reúne, anualmente, organizações sociais pautadas na luta de classes e na identidade dos povos originais da América Latina, a partir dos seguintes princípios: democracia de base, solidariedade de classe, luta popular e autonomia dos oprimidos e dos povos originários. Autonomia em relação aos partidos políticos, ao Estado e seus governos, às ONGs, às empresas, e a todos aqueles que querem oprimir. O ELAOPA proporciona o espaço para o debate visando a convergência de ações políticas no intuito de criar o Poder Popular.

textEm defesa da autonomia dos movimentos sociais! 17:47 Thu 24 May by Rusga Libertária 0 comments

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imageHEGEMONISMO DISFARÇADO DE "UNIDADE" E A UNIDADE QUE SE FORJA COM LUTA E ORGANIZAÇÃO Jun 15 by BrunoLR 0 comments

Por Bruno Lima Rocha – 14 de junho de 2020
Ao longo das últimas duas semanas venho promovendo na coluna que produzo para algumas emissoras livres e comunitárias um debate direto e tranquilo. Trata-se de aderir ou não (fisicamente) aos atos antifascistas e antirracistas. Também abordo o tema da unidade possível e do leque de alianças desejável. Não me refiro em momento algum a quem está preocupado com a pandemia e como todas e todos nós, entendemos que a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o isolamento social está correta. Se a preocupação maior for a de evitar a propagação do contágio por aglomeração e contato físico, não há sombra de dúvida que é uma posição sólida e honesta intelectualmente. Tampouco na crítica, jamais me refiro a individualidades e sempre a lideranças consolidadas, com cargos eletivos ou postos de direção em partidos e movimentos. Também fica a crítica para as celebridades e subcelebridades, acadêmicas, artísticas ou esportivas que, sem compromisso político, aproveitam momentos de organização social para se promover.

imageAusência de ideologia de câmbio e a base para a guinada à direita Apr 20 by BrunoL 0 comments

É lugar comum ouvir em análises e expressões vindas de todas as camadas da esquerda e da centro-esquerda, algo como “quando este povo vai se levantar indignado”? Além do sentimento de revolta e frustração – totalmente compartilhado por este que escreve – a afirmação também traz elementos de certa condescendência com o governo deposto e algo da perigosa inocência politica. Neste breve texto, tento demonstrar como a categoria ideologia foi desprezada e, por óbvia consequência, a relação com o oligopólio da mídia – em especial com a empresa líder – foi reificada.

imageLulismo, trabalhismo e a possibilidade de reeleição Aug 13 by BrunoL 0 comments

Bruno Lima Rocha, 12 de agosto de 2014

Estamos em pleno ano eleitoral, e no momento em que escrevo estas linhas, tardam menos de dois meses para o pleito. Existe a real possibilidade de reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) e com isso seria concretizado um feito inédito de dupla reeleição. Dois debates entendem-se como necessários para traçar tanto uma análise do cenário eleitoral como de uma conseqüente crítica por esquerda. O primeiro aborda o cenário eleitoral e as candidaturas oficiais por direita, além do próprio risco de não conseguir emplacar um segundo mandato. O seguinte trata da comparação do espaço político, ocupado pelo lulismo, como uma “continuidade descontínua” do trabalhismo contemporâneo.

imageDeixemos todas as bandeiras vermelhas levantadas... Mas as bandeiras rubro-negras exigem respeito! Jul 05 by Rafael Viana da Silva, Bruno Lima Rocha, Felipe Corrêa 0 comments

O que exigimos é respeito e, para isso, um debate franco é o melhor caminho que podemos trilhar. Sem ignorar nossos princípios ideológicos e as experiências históricas relevantes, nas quais cerramos fileiras com outras tradições da esquerda ou fomos traídos, o anarquismo tem um papel importante a cumprir no conjunto mais amplo do socialismo.

imagePartidos de mentirinha e a política do cinismo May 25 by Bruno Lima Rocha 0 comments

O cinismo e a hipocrisia política é parte estruturante do jogo de cenas construído entre legendas sem distinção ideológica ou programática

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