Benutzereinstellungen

Neue Veranstaltungshinweise

Brazil/Guyana/Suriname/FGuiana

Es wurden keine neuen Veranstaltungshinweise in der letzten Woche veröffentlicht

Kommende Veranstaltungen

Brazil/Guyana/Suriname/FGuiana | Anti-fascismo

Keine kommenden Veranstaltungen veröffentlicht

Estamos diante de uma ameaça ultraliberal?

category brazil/guyana/suriname/fguiana | anti-fascismo | opinião / análise author Monday August 27, 2018 10:50author by BrunoL - 1 of Anarkismo Editorial Groupauthor email blimarocha at gmail dot com Report this post to the editors

A partir de 2014 o país se viu diante de um avanço das ideias oriundas daquilo que se convencionou chamar de neoliberalismo selvagem ou ultra liberalismo.

A partir de 2014 o país se viu diante de um avanço das ideias oriundas daquilo que se convencionou chamar de neoliberalismo selvagem ou ultra liberalismo. Motivos não faltariam para fazer uma lista de pessoas físicas e jurídicas que diuturnamente operam para poluir o debate político com parâmetros estadunidenses ou paradigmas absurdos como da “escola austríaca”. A sociopatia desta gente ultrapassa qualquer possibilidade de diálogo, e justo por isso, para evitar problemas legais e manter o tom da crítica, não vou me referir a nenhum instituto com pessoa jurídica no Brasil, mas às suas ideias gerais assim como uma de suas matrizes no coração do Império, talvez a baboseira mais citada. Fica subentendido do que e a quem se trata e que vistam as devidas carapuças.
perigo_ultraliberal.jpg

26 de agosto de 2018, Bruno Lima Rocha

A partir de 2014 o país se viu diante de um avanço das ideias oriundas daquilo que se convencionou chamar de neoliberalismo selvagem ou ultra liberalismo. Motivos não faltariam para fazer uma lista de pessoas físicas e jurídicas que diuturnamente operam para poluir o debate político com parâmetros estadunidenses ou paradigmas absurdos como da “escola austríaca”. A sociopatia desta gente ultrapassa qualquer possibilidade de diálogo, e justo por isso, para evitar problemas legais e manter o tom da crítica, não vou me referir a nenhum instituto com pessoa jurídica no Brasil, mas às suas ideias gerais assim como uma de suas matrizes no coração do Império, talvez a baboseira mais citada. Fica subentendido do que e a quem se trata e que vistam as devidas carapuças.

O que se difunde no país é uma soma do mais nefasto individualismo – até em termos filosóficos – com a noção de que o papel do Estado como garantidor do serviço público e da ampliação dos direitos políticos, sociais, econômicos e civis, seria algo como uma heresia ou um ato autoritário. Todo esse tipo de afirmação estapafúrdia não passaria de simples bobagem se não fosse reproduzido pelos grupos de mídia em alguma escala. Uma mentira repetida mil vezes se torna uma meia verdade na mente das maiorias destreinadas na lida política e em especial no que diz respeito às medidas e instrumentos de política econômica para disputar o controle dos gigantescos recursos do Brasil.
Todos os dias a lenga-lenga volta: “toda dona de casa sabe que ela não pode ir a um supermercado e gastar mais do que recebe no salário e nem sequer ficar super endividada a ponto de comprometer seus ingressos e patrimônio”. O que parece ser uma frase razoável não passa de perigosa mentira. Uma família chefiada por alguém, homem ou mulher, não se assemelha em nada a um governo pois não pode emitir moeda, não tem poder de gerar e rolar a própria dívida, não encarcera e nem cobra tributo e menos ainda detém o monopólio da força e nem de longe administra um sistema de Justiça. Ou seja, uma família não é um governo e menos ainda um Estado. Mas, ao comparar uma “banana com um parafuso”, a propaganda neoliberal avança na mente do cidadão comum. E, ao fazer uso desta mentira já difundida para aplicar conceitos ainda mais nefastos, como na confusão entre direito e serviço “eficiente”, a população fica sem o grau de certeza necessário para rechaçar o engodo.
Se os grupos de mídia e seus “colonistas” de plantão repetem a analogia tão correta como a comparação de uma fruta com um parafuso (a dona de casa com o Estado), a ladainha dos porta-vozes dos institutos, os chamados “empreendedores comunicacionais” treinados pela Rede Atlas (atlasnetowrk.org) ou por seus reprodutores, financiados pelos Irmão Koch (charleskochfoundation.org), boa parte destes fazendo cursos de “liderança” em cursinhos de verão na Georgetown University, dentre outras formas de influenciar a soberania da América Latina, é outra. O palavrório preferido é o tal “índice de liberdade econômica”, uma indicação de quanto menos regulados são os mercados internos de alguns países, obviamente sem entrar no mérito dos direitos políticos. A origem desta célula morta que se reproduz em metástase é a Heritage Foundation (heritage.org), um think tank conservador criado em 1972 justo no período do auge da Cruzada Conservadora de Richard Nixon (sim, ele próprio, também conhecido à época como “Dick Vigarista”, tal como o personagem dos desenhos). O índice se encontra no domínio heritage.org/index/e é um indicador repetido como mantra pelo conjunto de ultra liberais, liberais e liberais conservadores. O mesmo besteirol é repetido pelo Fraser Institute (fraserinstitute.org) cuja missão na Terra é extinguir as políticas sociais no Canadá, país cujos índices de Bem Estar se comparam com os da Europa, ao contrário dos EUA. A difusão é tamanha que no ranking da Forbes em 2018, a Heritage é o mais citado em mídias sociais que circulam nos Estados Unidos, ganhando do também conservador embora mais respeitável, Brookings Institution (brookings.edu).
Recentemente tive a tenebrosa experiência de dividir um debate televisivo com dois fieis adeptos deste peculiar sistema de crença. O nível de absurdo sociológico e econômico é surreal. O “consultor e experto empresarial” me disse que: “Keynes era socialista, mas também era fascista”; “quase não existe capitalismo no mundo, o Brasil é parcialmente socialista e mesmo os EUA tem uma economia mista”; “tu – eu – confundes ‘socialismo’ com ‘comunismo’ e que pela falência deste último, o denominamos de ‘totalitarismo’”. Era daí para baixo, e sem pudor algum e suponho que reputação intelectual alguma a ser defendida. Ao contrário. Quanto mais estapafúrdias forem as afirmações, mais adeptos sem noção se sentirão confortáveis ao repetir a estupidez. Ou seja, qualquer semelhança com a Alt-Right e outras aberrações que garantiram a vitória eleitoral de Donald Trump nos EUA não se trata de coincidência alguma, justo pelo contrário. É intencional, seja por ilusão coletiva ou razão cínica expressa por convictos mentecaptos.
Repito, já não se trata mais “apenas” do jogo da mídia “econômica”, que escuta como fonte especializada consultores interessados na jogatina ou defensores da privatização. O perigo ganha proporção quando para além das mentiras midiáticas, vociferadas pelos defensores da especulação financeira e do “tal do mercado de capitais”, a noção do individualismo como fim último do ser humano é espalhada pelas versões brasileiras dos institutos financiados por grandes empresas. Para piorar, quando tais ideias reacionárias e conservadoras adquirem nova roupagem, se propagam pela internet como metástase avançada e terminam por ocupar o imaginário de auto realização de jovens até bem pouco tempo atrás encantados com o debate político de duas patas: uma linguagem da cultura nerd e os mais nefastos preconceitos para quebrar a suposta hegemonia das esquerdas nas áreas de humanidades nos centros de educação.
A ameaça ganhou forma política, entra nos discursos de várias candidaturas e chega a ter um “herói social” no pleito de 2018: “o especulador esclarecido”, conformado por candidatos ou supostos gurus econômicos, todos enriquecidos com fundos de renda de fixa e literalmente mamando no Tesouro através das aplicações financeiras. São a versão no século XXI dos Chicago Boys brasileiros, raposas querendo ser gestoras do galinheiro, literalmente. Diante disso, todo cuidado é pouco, em especial com a linha chilena.

Bruno Lima Rocha é pós-doutorando em economia política, doutor e mestre em ciência política (pela UFRGS), graduado em jornalismo (UFRJ), professor de relações internacionais, ciência política e jornalismo. (estrategiaeanaliseblog.com / blimarocha@gmail.com)

This page can be viewed in
English Italiano Deutsch

Brazil/Guyana/Suriname/FGuiana | Anti-fascismo | pt

Fri 29 Mar, 03:18

browse text browse image

fag.png imageA Nossa Memória Não Esquece! 03:12 Wed 19 Dec by Federação Anarquista Gaúcha 0 comments

Foi em uma infame e inesquecivelmente tenebrosa sexta feira, 13 de dezembro de 1968, que durante o mandato do ditador-presidente general Arthur da Costa e Silva, uma junta militar promulgava o Ato Institucional nº. 5 (AI-5), o mais terrível dos dezessete que a ditadura civil-militar impôs ao povo brasileiro. O AI-5 deu início ao período mais brutal da ditadura, tornando “oficial” e “lícito” o extermínio de opositores do regime. Para além de medidas como o fechamento do Congresso Nacional, intervenções nos estados e municípios, suspensão de habeas corpus, suspensão de direitos políticos, entre outras, o AI-5 era a sigla que dava sentido à expressão “terrorismo de Estado” (com o perdão da redundância), fazendo da tortura, dos desaparecimentos forçados e dos assassinatos práticas corriqueiras do Estado ditatorial. Passados cinquenta anos desse expediente de violência, brutalidade e barbárie, ventos autoritários anunciam novamente que não superamos esse passado. Temos à nossa porta expedientes autoritários que re-editam aquele momento histórico e, por isso, mais do que nunca, é preciso afirmar com todas as letras: ditadura, NUNCA MAIS!

imageErnesto Araújo e a idolatria com Mike Pompeo Jan 29 by BrunoL 0 comments

Há dois consensos contemporâneos na área de estudos das Relações Internacionais no Brasil. O primeiro diz respeito ao “governo” Bolsonaro (mais apropriado seria denominá-lo como “desgoverno”), o mais entreguista e colonizado desde o período do Reino Unido com Portugal. E, garantindo coerência no desastre, o ministro das relações exteriores do ex-deputado federal de sete mandatos e nenhum projeto relevante é tão ruim como o titular do Poder Executivo. Indo além, Ernesto Araújo é o pior chanceler da história do Ministério das Relações Exteriores (MRE ou Itamaraty).

imageVai ter golpe? Análise de teor especulativo em cima do tabuleiro que pode se avizinhar no Brasil Jun 21 by BrunoL 0 comments

Divido esse artigo em três partes para um debate urgente, que deixou de estar no universo da imaginação para entrar na conjectura especulativa. Nas últimas semanas a pergunta “vai ter golpe?” tornou-se recorrente em diversos debates. E reconhecemos que existe algo de muito podre na República do Bananistão. O texto que segue se dedica a especular sobre possíveis manobras da extrema-direita no país. Não me dedico a tentar “dar linha” pela internet, considero essa posição pretensiosa e desnecessária, já que tomo como únicas linhas possíveis as tomadas em decisões coletivas dentro de partidos, coletivos, movimentos e demais agrupações mais à esquerda. Como disse o mestre Lupicínio Rodrigues, aos quem têm “nervos de aço”, vamos ao debate.

imageA baderna militar e o conflito ainda controlado dentro da direita Mar 04 by BrunoL 0 comments

Ao terminar o carnaval o ano começou de fato com uma 4ª de cinzas “inesquecível”. A extrema direita foi convocada para na data de 15 de março, marcando o novo momento de micareta proto-fascista no Brasil em transe pós-golpe coxinha. Parece piada, mas a situação é bem séria. O general de Exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira (4 estrelas), ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), como figura de proa do reacionarismo militar de alta patente, está dobrando a aposta.

imageA real ameaça antissemita e a defesa do povo palestino Jan 23 by BrunoL 0 comments

Já nos países “ocidentalizados”, ter boas relações com governos mais à direita – como Bolsonaro e Trump – e ignorar os apoios de antissemitas declarados que tais governantes têm, forma um tipo de “pragmatismo político” que só ajuda a relativizar os efeitos danosos da laia.

imagePrimeira análise comentada após a vitória de Bolsonaro: que governo é esse?! Nov 03 by BrunoL 0 comments

Parece que tudo vai ser aos trancos e barrancos e um governo loteado, escorado em "super ministros" e bombardeado o tempo todo com o fogo amigo das palavras do "super vice".

more >>

imageA Nossa Memória Não Esquece! Dec 19 FAG 0 comments

Foi em uma infame e inesquecivelmente tenebrosa sexta feira, 13 de dezembro de 1968, que durante o mandato do ditador-presidente general Arthur da Costa e Silva, uma junta militar promulgava o Ato Institucional nº. 5 (AI-5), o mais terrível dos dezessete que a ditadura civil-militar impôs ao povo brasileiro. O AI-5 deu início ao período mais brutal da ditadura, tornando “oficial” e “lícito” o extermínio de opositores do regime. Para além de medidas como o fechamento do Congresso Nacional, intervenções nos estados e municípios, suspensão de habeas corpus, suspensão de direitos políticos, entre outras, o AI-5 era a sigla que dava sentido à expressão “terrorismo de Estado” (com o perdão da redundância), fazendo da tortura, dos desaparecimentos forçados e dos assassinatos práticas corriqueiras do Estado ditatorial. Passados cinquenta anos desse expediente de violência, brutalidade e barbárie, ventos autoritários anunciam novamente que não superamos esse passado. Temos à nossa porta expedientes autoritários que re-editam aquele momento histórico e, por isso, mais do que nunca, é preciso afirmar com todas as letras: ditadura, NUNCA MAIS!

© 2005-2024 Anarkismo.net. Unless otherwise stated by the author, all content is free for non-commercial reuse, reprint, and rebroadcast, on the net and elsewhere. Opinions are those of the contributors and are not necessarily endorsed by Anarkismo.net. [ Disclaimer | Privacy ]