Benutzereinstellungen

Neue Veranstaltungshinweise

Brazil/Guyana/Suriname/FGuiana

Es wurden keine neuen Veranstaltungshinweise in der letzten Woche veröffentlicht

Kommende Veranstaltungen

Brazil/Guyana/Suriname/FGuiana | Anti-fascismo

Keine kommenden Veranstaltungen veröffentlicht

A face horrenda da nova extrema direita: degenerados, blasfemadores e mentirosos contumazes

category brazil/guyana/suriname/fguiana | anti-fascismo | opinião / análise author Sunday October 14, 2018 06:46author by BrunoL - 1 of Anarkismo Editorial Groupauthor email blimarocha at gmail dot com Report this post to the editors

O Brasil adentra a campanha de segundo turno com uma evidente ameaça protofascista através do candidato favorito, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ).

O Brasil adentra a campanha de segundo turno com uma evidente ameaça protofascista através do candidato favorito, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Quando afirmamos o protofascismo, é porque esse quase fascismo se dá no aumento do volume de ataques, agressões e ameaças. Só nos primeiro cinco dias após a vitória do capitão reformado (com sofrível ficha corrida no Exército Brasileiro), foram mais de setenta atos de violência registrados, incluindo o assassinato de Mestre Moa do Katendê, capoeirista angoleiro morto com doze facadas pelas costas. Se isso não serve de alerta e exemplo é porque, realmente, como sociedade, nós estamos anestesiados diante da cruzada “contra a corrupção”, ignorando que pode estar em jogo o conjunto de direitos conquistados na Constituição de 1988.
bananistao_tio_sam.png

13 de outubro de 2018, Bruno Lima Rocha
O Brasil adentra a campanha de segundo turno com uma evidente ameaça protofascista através do candidato favorito, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Quando afirmamos o protofascismo, é porque esse quase fascismo se dá no aumento do volume de ataques, agressões e ameaças. Só nos primeiro cinco dias após a vitória do capitão reformado (com sofrível ficha corrida no Exército Brasileiro), foram mais de setenta atos de violência registrados, incluindo o assassinato de Mestre Moa do Katendê, capoeirista angoleiro morto com doze facadas pelas costas. Se isso não serve de alerta e exemplo é porque, realmente, como sociedade, nós estamos anestesiados diante da cruzada “contra a corrupção”, ignorando que pode estar em jogo o conjunto de direitos conquistados na Constituição de 1988.
Se não bastasse o perigo do discurso, os personagens que o cercam são de igual pavor. Como em Salò, do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini (Itália, 1975), o fascismo protagoniza o espetáculo de horrores e degradação da humanidade. Na esteira da “onda conservadora” que o cerca (a “Jair”), a minúscula legenda se transforma na segunda maior bancada do Congresso, contando com parlamentares que beiram o grotesco degenerado. Tem ator pornô, oficial de exército, lobista da indústria de armas, marombeiro anabolizado, caricato apresentador de TV local, âncoras do PIG, passando até pela decadente extinta realeza do segundo reinado. Alguns podem falar que se trata da “renovação da política”, mas vejo como um jogo de oportunidades, onde o pior do país ganhou nova roupagem. Não se trata de argumento elitista, mas de estarrecimento diante do que se tornou a difusão ideológica na 8ª economia do mundo.
As subcelebridades da nova-extrema-direita foram também impulsionadas pela estrutura das empresas de exploração da fé alheia, autodenominadas “igrejas”. Especificamente falo dos conglomerados econômicos comandados por “pastores”, que pregam a Teologia da Prosperidade e uma mescla de adoração ao Bezerro de Ouro e um culto ao individualismo burguês como forma de sobrevivência na pobreza metropolitana. Não vou citar estas casas de heresia para evitar um processo jurídico, mas tenho certeza de que cada leitora saberá exatamente sobre as mais de dez conglomerados de extração de riqueza não tributada às quais estou me referindo. São aparelhos complexos, porque além do local de “culto e adoração”, estas são “proprietárias” de canais de televisão, alugam canais de concessionárias privadas de serviço público outorgado que terceirizam programação televisiva, colonizam o rádio brasileiro – especialmente no AM que ainda transmite -, indicam políticos profissionais fazendo evidente orientação para o voto e ainda participa da chamada “guerra cultural”. Neste último quesito, estes exploradores da ignorância e do desespero levantam as bandeiras da homofobia (através de uma defesa da heteronormatividade monogâmica), do racismo (quando atacam os terreiros de religiões afro-brasileiras), da misoginia (ao repetirem os papeis subalternos e “femininos” das mulheres) e do imperialismo (ao naturalizarem e defenderem as relações subalternas de nosso país diante dos Estados Unidos). No Brasil, blasfemar, arrancar dinheiro de quem não tem e ainda por cima cometer heresias interpretando o Velho Testamento, dá base social para o protofascismo rastejar rumo ao Planalto.
O “novo normal” da política é o discurso do “sagrado”, como forma de alimentar a guerra cultural, cujo ícone maior é um ex-astrólogo auto exilado nos Estados Unidos, o patético Olavo de Carvalho. Cabe uma ressalva. Olavo pode ser sofrível como intelectual, diria mais, ele é um péssimo autodidata, um atentado contra a capacidade de exercício do livre pensamento. Ao mesmo tempo, é um perigosíssimo propagandista, incansável na internet e que se aproveitou justamente da difusão das redes sociais, das formas de comunicação intermediada através de tecnologias de informação e comunicação (NTICS) para fazer sua pregação. Olavo, o astrólogo, encontrou em Bolsonaro candidato, sua “grande esperança branca”, um homem que não teria o medo do ridículo, e se antecipa ao retorno dos “meninos do Brazil”, aqueles jovens ultraliberais que foram aprender a fazer propaganda ideológica nos cursinhos de verão da Atlas Network, financiados pelos Irmãos Koch. Olavo é o Coiso na forma de propaganda irresponsável; o Coiso é o porta-voz da sandice sem um pingo de vergonha, até porque sua reputação é justamente no romper do “politicamente correto”, e por tabela, não se comprometer com a correção na política e menos ainda no reconhecimento dos direitos de reconhecimento, diversidade, diferença sem desigualdade e um país pluriétnico.
Teria outros elementos do horror, mas basta citar mais um. Por mais que pareça ridículo e absurdo (e de fato é), também é a soma de todos os medos vindos da latrina da política mesclada com a sarjeta da alta sociedade. Uma parte relevante dos especuladores e do empresariado se somou nesta aventura restauradora e reacionária e hoje babam de ódio contra as conquistas populares. As acusações de crime eleitoral por abuso de poder empresarial nos locais de trabalho passaram de 120 até a quinta-feira anterior ao pleito de 7 de outubro. Imaginem o que vem por aí?
Mas não basta constatar a face horrenda da direita desavergonhada do mal banalizado. É preciso ir além do momento e organizar-nos socialmente para resistir em todos os espaços onde o povo brasileiro esteja. Como diz a letra do poeta Zé Pinto: “porque nós somos a maioria e vai chegar o dia de um novo amanhecer!”.

Bruno Lima Rocha é pós-doutorando em economia política, doutor e mestre em ciência política, professor de relações internacionais e de jornalismo.
(estrategiaeanaliseblog.com / E-mail e Facebook blimarocha@gmail.com /Grupo no Telegram: t.me/estrategiaeanalise)

This page can be viewed in
English Italiano Deutsch

Brazil/Guyana/Suriname/FGuiana | Anti-fascismo | pt

Fri 29 Mar, 20:41

browse text browse image

fag.png imageA Nossa Memória Não Esquece! 03:12 Wed 19 Dec by Federação Anarquista Gaúcha 0 comments

Foi em uma infame e inesquecivelmente tenebrosa sexta feira, 13 de dezembro de 1968, que durante o mandato do ditador-presidente general Arthur da Costa e Silva, uma junta militar promulgava o Ato Institucional nº. 5 (AI-5), o mais terrível dos dezessete que a ditadura civil-militar impôs ao povo brasileiro. O AI-5 deu início ao período mais brutal da ditadura, tornando “oficial” e “lícito” o extermínio de opositores do regime. Para além de medidas como o fechamento do Congresso Nacional, intervenções nos estados e municípios, suspensão de habeas corpus, suspensão de direitos políticos, entre outras, o AI-5 era a sigla que dava sentido à expressão “terrorismo de Estado” (com o perdão da redundância), fazendo da tortura, dos desaparecimentos forçados e dos assassinatos práticas corriqueiras do Estado ditatorial. Passados cinquenta anos desse expediente de violência, brutalidade e barbárie, ventos autoritários anunciam novamente que não superamos esse passado. Temos à nossa porta expedientes autoritários que re-editam aquele momento histórico e, por isso, mais do que nunca, é preciso afirmar com todas as letras: ditadura, NUNCA MAIS!

imageErnesto Araújo e a idolatria com Mike Pompeo Jan 29 by BrunoL 0 comments

Há dois consensos contemporâneos na área de estudos das Relações Internacionais no Brasil. O primeiro diz respeito ao “governo” Bolsonaro (mais apropriado seria denominá-lo como “desgoverno”), o mais entreguista e colonizado desde o período do Reino Unido com Portugal. E, garantindo coerência no desastre, o ministro das relações exteriores do ex-deputado federal de sete mandatos e nenhum projeto relevante é tão ruim como o titular do Poder Executivo. Indo além, Ernesto Araújo é o pior chanceler da história do Ministério das Relações Exteriores (MRE ou Itamaraty).

imageVai ter golpe? Análise de teor especulativo em cima do tabuleiro que pode se avizinhar no Brasil Jun 21 by BrunoL 0 comments

Divido esse artigo em três partes para um debate urgente, que deixou de estar no universo da imaginação para entrar na conjectura especulativa. Nas últimas semanas a pergunta “vai ter golpe?” tornou-se recorrente em diversos debates. E reconhecemos que existe algo de muito podre na República do Bananistão. O texto que segue se dedica a especular sobre possíveis manobras da extrema-direita no país. Não me dedico a tentar “dar linha” pela internet, considero essa posição pretensiosa e desnecessária, já que tomo como únicas linhas possíveis as tomadas em decisões coletivas dentro de partidos, coletivos, movimentos e demais agrupações mais à esquerda. Como disse o mestre Lupicínio Rodrigues, aos quem têm “nervos de aço”, vamos ao debate.

imageA baderna militar e o conflito ainda controlado dentro da direita Mar 04 by BrunoL 0 comments

Ao terminar o carnaval o ano começou de fato com uma 4ª de cinzas “inesquecível”. A extrema direita foi convocada para na data de 15 de março, marcando o novo momento de micareta proto-fascista no Brasil em transe pós-golpe coxinha. Parece piada, mas a situação é bem séria. O general de Exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira (4 estrelas), ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), como figura de proa do reacionarismo militar de alta patente, está dobrando a aposta.

imageA real ameaça antissemita e a defesa do povo palestino Jan 23 by BrunoL 0 comments

Já nos países “ocidentalizados”, ter boas relações com governos mais à direita – como Bolsonaro e Trump – e ignorar os apoios de antissemitas declarados que tais governantes têm, forma um tipo de “pragmatismo político” que só ajuda a relativizar os efeitos danosos da laia.

imagePrimeira análise comentada após a vitória de Bolsonaro: que governo é esse?! Nov 03 by BrunoL 0 comments

Parece que tudo vai ser aos trancos e barrancos e um governo loteado, escorado em "super ministros" e bombardeado o tempo todo com o fogo amigo das palavras do "super vice".

more >>

imageA Nossa Memória Não Esquece! Dec 19 FAG 0 comments

Foi em uma infame e inesquecivelmente tenebrosa sexta feira, 13 de dezembro de 1968, que durante o mandato do ditador-presidente general Arthur da Costa e Silva, uma junta militar promulgava o Ato Institucional nº. 5 (AI-5), o mais terrível dos dezessete que a ditadura civil-militar impôs ao povo brasileiro. O AI-5 deu início ao período mais brutal da ditadura, tornando “oficial” e “lícito” o extermínio de opositores do regime. Para além de medidas como o fechamento do Congresso Nacional, intervenções nos estados e municípios, suspensão de habeas corpus, suspensão de direitos políticos, entre outras, o AI-5 era a sigla que dava sentido à expressão “terrorismo de Estado” (com o perdão da redundância), fazendo da tortura, dos desaparecimentos forçados e dos assassinatos práticas corriqueiras do Estado ditatorial. Passados cinquenta anos desse expediente de violência, brutalidade e barbárie, ventos autoritários anunciam novamente que não superamos esse passado. Temos à nossa porta expedientes autoritários que re-editam aquele momento histórico e, por isso, mais do que nunca, é preciso afirmar com todas as letras: ditadura, NUNCA MAIS!

© 2005-2024 Anarkismo.net. Unless otherwise stated by the author, all content is free for non-commercial reuse, reprint, and rebroadcast, on the net and elsewhere. Opinions are those of the contributors and are not necessarily endorsed by Anarkismo.net. [ Disclaimer | Privacy ]