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rússia / ucrânia / bielorússia / imperialismo / guerra / opinião / análise Saturday February 26, 2022 22:07 byVárias organizações anarquistas

Uma proclamação do presidente russo Vladimir Putin deu luz verde para a invasão militar russa da Ucrânia. Putin afirma que o ato de guerra da Rússia contra a Ucrânia visa apoiar a Crimeia ocupada pela Rússia e as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk na Ucrânia, que está flertando com a adesão à OTAN por instigação ocidental. Na terça-feira, 22 de fevereiro, a Rússia reconheceu a independência de seus protetorados informais em Donbas, exacerbando as tensões existentes com o eixo Euro-Atlântico que apoia o regime ucraniano.

Não se deve esquecer que uma guerra civil de baixa intensidade está ocorrendo na Ucrânia desde 2014, quando o então governo pró-russo do Presidente Yanukovych foi derrubado por uma “Revolução Laranja” que trouxe ao poder um regime pró-ocidental disposto a se alinhar com o eixo Euro-Atlântico. A Euromaidan, da qual o bloco imperialista Ocidental se beneficiou, tirou a Ucrânia da esfera de influência da Rússia. Também fortaleceu a extrema-direita ucraniana, que ganhou assentos no parlamento e desenvolveu unidades paramilitares que cometeram atrocidades contra pessoas falantes de russo e membros de sindicatos.

A Rússia, por outro lado, não estava preparada desde o início para perder sua posição imperialista na Ucrânia e especialmente na região da Crimeia, sem se importar com a vontade do povo ucraniano. A revolta da Euromaidan pode ter resultado no regime neoconservador com o qual terminou, mas não há ninguém iludido de que recusa a esse regime tenha saído do sentimento “anti-fascista” da Rússia ou de sua “necessidade de proteger os cidadãos russos”. Afinal, o regime autoritário de Putin na Rússia recompensou nazistas e fascistas dentro do país, prendendo e matando antifascistas, enquanto as numerosas intervenções do imperialismo russo em áreas da ex-URSS não precisavam de tal justificativa. A Rússia queria e ainda quer uma coisa: impor seus próprios termos nos antagonismos imperialistas em evolução. Não tolerará o cerco militar a que alega estar sendo submetido pela OTAN, a instalação de armas nucleares à sua porta, a incitação ocidental da Ucrânia para aderir à OTAN, a tentativa de bloqueio energético de seu fornecimento de gás aos países da UE e a redução de seu controle sobre a antiga periferia soviética. Outro fator é o nacionalismo flagrante dentro da classe dominante da Rússia – a Ucrânia é onde está a origem do Estado russo (a Rus’ de Kiev) e a região leste da Ucrânia é habitada por ucranianos russófonos. Para esses oligarcas, ou a Ucrânia não deveria existir, pois eles desejam uma nação russa unificada como dita a doutrina do irredentismo, ou ucranianos (junto aos bielorussos) são vistos como parte da nação russa.

Por outro lado, os EUA e o campo Euro-Atlântico, com destaque para o Reino Unido, estão pressionando em violação aos acordos internacionais para a expansão oriental da OTAN, o exercício de pressão econômica e energética sobre a Rússia em favor do gás natural liquefeito (GLP) dos EUA e o controle da rota comercial ártica, que se abre com o derretimento do gelo devido ao efeito destrutivo do capitalismo sobre o meio ambiente natural e o ecossistema. Tanto a Rússia quanto os EUA estão tentando exportar sua crise interna para o exterior, enquanto tentam provocar mudanças na hierarquia imperialista global.

A Rússia arregimentou cerca de 200.000 tropas na fronteira com a Ucrânia. O exército russo está golpeando todo o território ucraniano com bombardeios. No momento em que escrevemos esta declaração, o exército russo está atacando principalmente da Crimeia, Lugansk e Kharkiv. As primeiras baixas da guerra imperialista são um fato. Já se fala de baixas civis. O governo ucraniano, que, não esqueçamos, é uma amálgama de neoliberais e neoconservadores, declarou lei marcial em todo o país. Ainda estamos no início dos horrores da guerra.

Os únicos perdedores da guerra são a classe trabalhadora mundial, especialmente os proletários da Ucrânia e da Rússia. Eles são os destinados ao papel de bode expiatório dos Estados e dos capitalistas.

A guerra imperialista está sendo travada para a divisão das esferas de influência, das rotas energéticas e do rearranjo do poder geopolítico. Não temos interesse em lutar pelos interesses dos poderosos, pelos interesses do Capital. Além disso, espera-se que a eclosão da guerra traga mais aumentos de preços e inflação tanto na energia quanto nas mercadorias básicas, colocando ainda mais pressão nos bolsos daqueles que já são incapazes de atender suas necessidades básicas. Não devemos esquecer que a guerra é uma solução do capital para superar as crises estruturais de sobreacumulação das quais o capitalismo é periodicamente afligido. A destruição do capital fixo (meios de produção) e variável (força de trabalho) abre o caminho para a reconstrução e o desenvolvimento capitalista.

Nosso dever revolucionário e de classe exige a organização e o fortalecimento do movimento internacionalista, antiguerra e anti-imperialista da classe trabalhadora. A lógica de um imperialismo mais agressivo ou mais progressista é uma lógica que leva à derrota da classe trabalhadora. Não pode haver um caminho imperialista a favor do povo. Os interesses da classe trabalhadora não podem ser identificados com os dos capitalistas e das potências imperialistas. A sabotagem da máquina de guerra, a organização da classe e do movimento antiguerra internacionalista e o fortalecimento das lutas sociais e de classe na direção da revolução social mundial para a construção de uma sociedade comunista libertária são as tarefas urgentes e históricas dos oprimidos e explorados em todos os lugares. Não podemos e não devemos nos contentar com arranjos medíocres e prejudiciais.

Os trabalhadores e trabalhadoras, pessoas desempregadas e jovens não têm motivos para ir à guerra pelos interesses da classe dominante. Estejamos conscientes de nossa posição social e de nossos interesses de classe. Que estes sejam os indicadores de nossa atitude e ação e não a retórica beligerante, ordeira e nacionalista promovida pelos patrões e os meios de propaganda que eles controlam. Não pagaremos a crise do sistema capitalista com nosso sangue. Não saíremos à matança junto aos pobres e miseráveis de outros países. Pelo contrário, é nosso dever bloquear a máquina de guerra e reconstruir as resistências sociais e de classe, com a promoção dos interesses de classe e das necessidades materiais da base social como nosso princípio orientador. Organizar-nos nas formações sociais e de classe da classe trabalhadora, organizando em termos de massa e militância o contra-ataque de nossa classe. Este sistema dá origem às guerras e é responsável pela pobreza, injustiça, exploração e opressão. Portanto, é hora de desafiá-lo de forma organizada e dinâmica, organizando sua destruição em escala internacional.

NÂO À GUERRA QUE NÃO SEJA DE CLASSES!
NEM A OTAN, NEM MOSCOU!
SABOTAGEM DE CLASSE E INTERNACIONALISTA DA MÁQUINA DE GUERRA!
CONTRA O MILITARISMO E A GUERRA: PELA LUTA AUTO-ORGANIZADA E A REVOLUÇÃO SOCIAL!

☆ Alternativa Libertaria (AL/FdCA) – Itália
☆ Anarchist Communist Group (ACG) – Grã Bretanha
☆ Anarchist Federation – Grécia
☆ Aotearoa Workers Solidarity Movement (AWSM) – Aotearoa/Nova Zelândia
☆ Coordenação Anarquista Brasileira (CAB) – Brasil
☆ Federación Anarquista de Rosario (FAR) – Argentina
☆ Federación Anarquista Uruguaya (FAU) – Uruguai
☆ Embat, Organització Libertària de Catalunya – Catalunha, Espanha
☆ Libertäre Aktion (LA) – Suíça
☆ Melbourne Anarchist Communist Group (MACG) – Austrália
☆ Organización Anarquista de Córdoba (OAC) – Argentina
☆ Organización Anarquista de Santa Cruz (OASC) – Argentina
☆ Organización Anarquista de Tucumán (OAT) – Argentina
☆ Organisation Socialiste Libertaire (OSL) – Suíça
☆ Roja y Negra – Anarchist Organisation (Buenos Aires) – Argentina
☆ Tekoşina Anarşist (TA) – Rojava
☆ Union Communiste Libertaire (UCL) – França, Bélgica & Suíça
☆ Vía Libre Grupo Libertario – Colômbia

russia / ukraine / belarus / imperialism / war / feature Saturday February 26, 2022 21:41 byVarious anarchist organisations
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International anarchist statement

A proclamation by Russian President, Vladimir Putin, gave the green light for Russia's military invasion of Ukraine. Putin claims that Russia's act of war against Ukraine is aimed at supporting the Russian-occupied Crimea and the Donetsk and Lugansk People's Republics in Ukraine, which is flirting with NATO membership at Western instigation. On Tuesday, 22 February, Russia recognised the independence of its informal protectorates in Donbas, exacerbating existing tensions with the Euro-Atlantic axis that supports the Ukrainian regime.

The Russian army is pounding the entire Ukrainian territory with bombardments. The first casualties of the imperialist war are a fact. The only losers from the war are to be the world working class, especially the proletarians of Ukraine and Russia. They are the ones destined to be the cannon fodder of the states and the capitalists.

[Italiano] [Castellano] [Português] [Français] [Hrvatski]

rusia / ucrania / bielorrusia / imperialismo / guerra / comunicado de prensa Saturday February 26, 2022 19:36 byVarias organizaciones anarquistas

Una declaración del presidente ruso Vladimir Putin dió luz verde a la invasión militar rusa de Ucrania. Putin afirma que el acto de guerra de Rusia contra Ucrania tiene como objetivo apoyar a Crimea, ocupada por Rusia, y a las Repúblicas Populares de Donetsk y Lugansk de Ucrania, que coquetea con el ingreso en la OTAN por instigación de Occidente. El martes 22 de febrero , Rusia ha reconocido la independencia de sus protectorados informales en Donbás, agravando las tensiones existentes con el eje euroatlántico que apoya al régimen ucraniano.

No hay que olvidar que en Ucrania existe una guerra civil de baja intensidad desde 2014, cuando el entonces gobierno prorruso del presidente Yanukóvich fue derrocado por una «Revolución naranja» que llevó al poder a un régimen prooccidental dispuesto a ponerse del lado del eje euroatlántico. El Euromaidán, del cual el bloque imperialista occidental se beneficia,sacó a Ucrania de la esfera de influencia de Rusia. También fortaleció a la extrema derecha ucraniana, que obtuvo cargos en el parlamento y desarrolló unidades paramilitares que cometieron atrocidades contra los rusoparlantes y los miembros de los sindicatos.

Por otra parte, Rusia n estaba dispuesta desde el principio a perder su posición imperialista en Ucrania y especialmente en la región de Crimea, independientemente de la voluntad del pueblo ucraniano. Puede que el levantamiento del Euromaidán haya dado lugar al régimen neoconservador que lo sucedió, pero nadie se hace ilusiones de que el rechazo a ese régimen surgiera del sentimiento «antifascista» de Rusia o de su «necesidad de proteger a los ciudadanos rusos». Después de todo, el régimen autoritario de Putin en Rusia ha recompensado a los nazis y fascistas dentro del país encarcelando y matando a los antifascistas, mientras que las numerosas intervenciones del imperialismo ruso en zonas de la antigua URSS no necesitaban tal justificación. Rusia quería y sigue queriendo una cosa: imponer sus propios términos en la evolución de los antagonismos imperialistas. No tolerará el cerco militar al que reclama está siendo sometida por la OTAN, la instalación de armas nucleares a sus puertas, la inducción occidental de Ucrania a entrar en la OTAN, el intento de bloqueo energético de sus suministros de gas a los países de la UE y la reducción de su control sobre la antigua periferia soviética. Otro factor es el estridente nacionalismo de la clase dominante rusa – el Estado ruso tiene origenes en territorio ucraniano (el Rus de Kiev) – y la zona este de Ucrania es habitada por rusoparlantes. Así, si no por la doctrina irredentista del triple pueblo ruso, Ucrania es vista por dicha clase (junto a Bielorrusia) como parte integrante de la gran nación rusa.

Por otro lado, Estados Unidos y el campo euroatlántico, con el Reino Unido a la cabeza, están impulsando, en violación de los acuerdos internacionales, la expansión oriental de la OTAN, el ejercicio de presión económica y energética sobre Rusia a favor del gas natural licuado (GNL) estadounidense y el control de la ruta comercial del Ártico, que se está abriendo con el deshielo debido al efecto destructivo del capitalismo sobre el entorno natural y el ecosistema. Tanto Rusia como Estados Unidos están tratando de exportar su crisis interna al extranjero, al tiempo que intentan provocar cambios en la jerarquía imperialista mundial.

Rusia ha acumulado unos 200.000 soldados en la frontera con Ucrania. El ejército ruso está bombardeando todo el territorio ucraniano. En el momento de escribir este comunicado, está atacando principalmente desde Crimea, Lugansk y Kharkiv. Las primeras víctimas de la guerra imperialista son un hecho. Ya se habla de víctimas civiles. El Gobierno ucraniano, que no lo olvidemos, es una amalgama de neoliberales y neoconservadores, ha declarado la ley marcial en todo el país. Todavía estamos al principio de los horrores de la guerra…

Los únicos perdedores de la guerra serán las clases oprimidas a nivel mundial, especialmente las de Ucrania y Rusia. Ellas son las destinadas como carne de cañón de los Estados y las clases dominantes.

La guerra imperialista se libra por el reparto de las esferas de influencia, las rutas energéticas y el reordenamiento del poder geopolítico. No nos interesa luchar por los intereses de los poderosos, por los intereses de la clase dominante. Además, se espera que el estallido de la guerra traiga consigo nuevos aumentos de precios e inflación, tanto en la energía como en los productos básicos, lo que supondrá una carga aún mayor para los bolsillos de quienes ya no pueden satisfacer sus necesidades básicas. No hay que olvidar que la guerra es una solución del capital para superar las crisis estructurales de sobreacumulación de las que periódicamente adolece el capitalismo. La destrucción del capital fijo (medios de producción) y variable (fuerza de trabajo) allana el camino para la reconstrucción y el desarrollo capitalista.

Nuestro deber revolucionario y de clase dicta la organización y el fortalecimiento del movimiento internacionalista, antibélico y antiimperialista de las clases oprimidas. La lógica del imperialismo más agresivo o más progresista es una lógica que conduce a la derrota de la clase. No puede haber una vía imperialista pro-popular. Los intereses de los/as de abajo no pueden identificarse con los de los capitalistas y las potencias imperialistas. El sabotaje de la máquina de guerra, la organización del movimiento antibélico clasista e internacionalista y el fortalecimiento de las luchas sociales y de clase en la dirección de la revolución social mundial para la construcción de una sociedad comunista libertaria son las tareas urgentes e históricas de los oprimidos y explotados de todo el mundo. No podemos ni debemos conformarnos con acuerdos mediocres y perjudiciales.

Los/as trabajadores/as, los/as desempleados/as y la juventud no tienen ninguna razón para ir a la guerra a batallar por los intereses de la clase dominante. Seamos conscientes de nuestra posición social y de nuestros intereses de clase. Que estos sean los indicadores de nuestra actitud y acción y no la retórica beligerante, ordenadora y nacionalista que promueven los patrones y los medios de propaganda que controlan. No pagaremos la crisis del sistema capitalista con nuestra sangre. No nos mataremos con los pobres diablos de otros países. Por el contrario, es nuestro deber bloquear la máquina de guerra y reconstruir las resistencias sociales y de clase, teniendo como principio rector la promoción de los intereses de clase y las necesidades materiales de la base social. Organizarnos en las formaciones sociales y de clase, organizando así el contraataque de nuestra clase de forma masiva y militante. Este sistema origina guerras y es responsable de la pobreza, la injusticia, la explotación y la opresión. Por lo tanto, es hora de desafiarlo de manera organizada y dinámica, organizando su derrocamiento a escala internacional.

¡NI MOSCÚ NI LA OTAN!
¡SABOTAJE CLASISTA E INTERNACIONALISTA DE LA MÁQUINA DE GUERRA IMPERIALISTA!
¡CONTRA EL MILITARISMO Y LA GUERRA: POR LA LUCHA AUTOGESTIONADA Y LA REVOLUCIÓN SOCIAL!
¡ARRIBA LAS QUE LUCHAN!

☆ Alternativa Libertaria (AL/FdCA) – Italia
☆ Anarchist Communist Group (ACG) – Gran Bretaña
☆ Anarchist Federation – Grecia
☆ Aotearoa Workers Solidarity Movement (AWSM) – Aotearoa/Nueva Zelanda
☆ Coordenação Anarquista Brasileira (CAB) – Brasil
☆ Federación Anarquista de Rosario (FAR) – Argentina
☆ Federación Anarquista Uruguaya (FAU) – Uruguay
☆ Embat, Organització Llibertària de Catalunya – Cataluña, España
☆ Libertäre Aktion (LA) – Suiza
☆ Melbourne Anarchist Communist Group (MACG) – Australia
☆ Organización Anarquista de Córdoba (OAC) – Argentina
☆ Organización Anarquista de Santa Cruz (OASC) – Argentina
☆ Organización Anarquista de Tucuméan (OAT) – Argentina
☆ Roja y Negra – Organización Politica Anarquista (Buenos Aires) – Argentina
☆ Organisation Socialiste Libertaire (OSL) – Suiza
☆ Tekoşina Anarşist (TA) – Rojava
☆ Union Communiste Libertaire (UCL) – Francia, Bélgica y Suiza
☆ Grupo Libertario Vía Libre – Colombia

russia / ucraina / bielorussia / imperialismo / guerra / opinione / analisi Saturday February 26, 2022 05:42 byVarie organizzazioni anarchiche

Un proclama del presidente russo, Vladimir Putin, ha dato il via libera all'invasione militare della Russia in Ucraina. Putin sostiene che l'atto di guerra della Russia contro l'Ucraina ha lo scopo di sostenere la Crimea occupata dalla Russia e le Repubbliche popolari di Donetsk e Lugansk in Ucraina, che sta flirtando con l'adesione alla NATO su istigazione occidentale. Martedì 22 febbraio, la Russia ha riconosciuto l'indipendenza dei suoi protettorati informali nel Donbass, esacerbando le tensioni esistenti con l'asse euro-atlantico che sostiene il regime ucraino.

Non bisogna dimenticare che una guerra civile a bassa intensità è in corso in Ucraina dal 2014, quando il governo allora filorusso del presidente Yanukovych è stato rovesciato da una "rivoluzione arancione" che ha portato al potere un regime filo-occidentale disposto a schierarsi con l'asse euro-atlantico. L'Euromaidan, di cui beneficia il blocco imperialista occidentale, ha portato l'Ucraina fuori dalla sfera d'influenza della Russia. Ha anche rafforzato l'estrema destra ucraina, che ha guadagnato seggi in parlamento e sviluppato unità paramilitari che hanno commesso atrocità contro i russofoni e i membri dei sindacati.

La Russia, d'altra parte, non era preparata fin dall'inizio a perdere il suo punto d'appoggio imperialista in Ucraina e specialmente nella regione della Crimea, indipendentemente dalla volontà del popolo ucraino. La rivolta di Euromaidan può anche aver portato a un regime neoconservatore, ma non c'è nessuno che si illuda che la non accettazione di quel regime sia nata dal sentimento "antifascista" della Russia o dalla sua "necessità di proteggere i cittadini russi". Dopo tutto, il regime autoritario di Putin in Russia ha premiato i nazisti e i fascisti all'interno del paese imprigionando e uccidendo gli antifascisti, mentre i numerosi interventi dell'imperialismo russo nelle zone dell'ex URSS non avevano bisogno di tale giustificazione. La Russia voleva e vuole ancora una cosa: imporre le proprie condizioni negli antagonismi imperialisti in evoluzione. Non tollererà l'accerchiamento militare a cui sostiene di essere sottoposta dalla NATO, l'installazione di armi nucleari alle sue porte, l'incitamento occidentale dell'Ucraina ad unirsi alla NATO, il tentato blocco energetico delle sue forniture di gas ai paesi dell'UE e la riduzione del suo controllo sulla periferia ex sovietica. Un altro fattore è il palese nazionalismo all'interno della classe dirigente russa - l'Ucraina è il luogo d'origine dello stato russo (la Rus' di Kiev) e la parte orientale dell'Ucraina è abitata da Ucraini di lingua russa. In pratica se non dalla dottrina irredentista della nazione tutta russa, gli Ucraini (insieme ai Bielorussi) sono visti come parte della nazione russa.

Dall'altra parte, gli Stati Uniti e il campo euro-atlantico, con il Regno Unito in primo piano, stanno spingendo in violazione degli accordi internazionali per l'espansione orientale della NATO, l'esercizio della pressione economica ed energetica sulla Russia a favore del gas naturale liquefatto (GNL) statunitense e il controllo della rotta commerciale artica, che si sta aprendo con lo scioglimento dei ghiacci a causa dell'effetto distruttivo del capitalismo sull'ambiente naturale e sull'ecosistema. Sia la Russia che gli Stati Uniti stanno cercando di esportare la loro crisi interna all'estero, mentre tentano di causare spostamenti nella gerarchia imperialista globale.

La Russia ha ammassato circa 200.000 truppe al confine con l'Ucraina. L'esercito russo sta martellando l'intero territorio ucraino con bombardamenti. Al momento di scrivere questo comunicato, sta attaccando principalmente dalla Crimea, Lugansk e Kharkiv. Le prime vittime della guerra imperialista sono un fatto. Si parla già di vittime civili. Il governo ucraino, che, non dimentichiamolo, è un amalgama di neoliberali e neoconservatori, ha dichiarato la legge marziale in tutto il paese. Siamo ancora all'inizio degli orrori della guerra...

Gli unici perdenti della guerra saranno le classi lavoratrici mondiali, specialmente i proletari dell'Ucraina e della Russia. Sono quelli destinati ad essere la carne da cannone degli stati e dei capitalisti.

La guerra imperialista viene condotta per la spartizione delle sfere d'influenza, delle rotte energetiche e per il riassetto del potere geopolitico. Non abbiamo interesse a combattere per gli interessi dei potenti, per gli interessi del capitale. Inoltre, lo scoppio della guerra dovrebbe portare ulteriori aumenti di prezzo e inflazione sia per l'energia che per i beni di prima necessità, mettendo ancora più a dura prova le tasche di coloro che già non sono in grado di soddisfare i loro bisogni primari. Non dobbiamo dimenticare che la guerra è una soluzione del capitale per superare le crisi strutturali di sovraccumulazione da cui il capitalismo è periodicamente afflitto. La distruzione del capitale fisso (mezzi di produzione) e variabile (forza lavoro) apre la strada alla ricostruzione e allo sviluppo capitalistico.

Il nostro dovere rivoluzionario e di classe impone l'organizzazione e il rafforzamento del movimento internazionalista, pacifista e antimperialista della classe lavoratrice. La logica di un imperialismo più aggressivo o più progressivo è una logica che porta alla sconfitta della classe lavoratrice. Non può esistere una strada imperialista favorevole al popolo. Gli interessi della classe lavoratrice non possono essere identificati con quelli dei capitalisti e delle potenze imperialiste. Il sabotaggio della macchina da guerra, l'organizzazione del movimento di classe e internazionalista contro la guerra e il rafforzamento delle lotte sociali e di classe in direzione della rivoluzione sociale mondiale per la costruzione di una società comunista libertaria sono i compiti urgenti e storici degli oppressi e degli sfruttati ovunque. Non possiamo e non dobbiamo accontentarci di accordi mediocri e dannosi.

I lavoratori, i disoccupati e i giovani non hanno motivo di andare in guerra per gli interessi della classe dominante. Prendiamo coscienza della nostra posizione sociale e dei nostri interessi di classe. Lasciamo che questi siano gli indicatori del nostro atteggiamento e della nostra azione e non la retorica bellicosa, ordinatrice e nazionalista promossa dai padroni e dai mezzi di propaganda che controllano. Non pagheremo la crisi del sistema capitalista con il nostro sangue. Non ci uccideremo con i poveri diavoli degli altri paesi. Al contrario, è nostro dovere bloccare la macchina della guerra e ricostruire le resistenze sociali e di classe, avendo come principio guida la promozione degli interessi di classe e dei bisogni materiali della base sociale. Organizzarci nelle formazioni sociali e di classe dei lavoratori e delle lavoratrici, organizzando il contrattacco della nostra classe in termini di massa e militanti. Questo sistema fa nascere le guerre ed è responsabile della povertà, dell'ingiustizia, dello sfruttamento e dell'oppressione. È dunque il momento di sfidarlo in modo organizzato e dinamico, organizzando il suo rovesciamento su scala internazionale.

NESSUNA GUERRA MA LOTTA DI CLASSE!
NÉ CON LA NATO NÉ CON MOSCA!
SABOTAGGIO DI CLASSE E INTERNAZIONALISTA DELLA MACCHINA DA GUERRA!
CONTRO IL MILITARISMO E LA GUERRA: PER L’AUTOGESTIONE DELLE LOTTE E LA RIVOLUZIONE SOCIALE!


☆ Alternativa Libertaria (AL/FdCA) - Italia
☆ Gruppo Comunista Anarchico (ACG) - Gran Bretagna
☆ Federazione Anarchica - Grecia
☆ Aotearoa Workers Solidarity Movement (AWSM) - Aotearoa/Nuova Zelanda
☆ Coordenação Anarquista Brasileira (CAB) - Brasile
☆ Federación Anarquista de Rosario (FAR) - Argentina
☆ Federación Anarquista Uruguaya (FAU) - Uruguay
☆ Embat, Organització Llibertària de Catalunya - Catalogna
☆ Libertäre Aktion (LA) - Svizzera
☆ Gruppo Comunista Anarchico di Melbourne (MACG) - Australia
☆ Organización Anarquista de Córdoba (OAC) - Argentina
☆ Organización Anarquista de Santa Cruz (OASC) - Argentina
☆ Organizzazione Anarquista di Tucuméan (OAT) - Argentina
☆ Organisation Socialiste Libertaire (OSL) - Svizzera
☆ Roja y Negra - Organizzazione anarchica (Buenos Aires) - Argentina
☆ Tekoşina Anarşist (TA) – Rojava
☆ Union Communiste Libertaire (UCL) - Francia, Belgio e Svizzera
☆ Grupo Libertario Vía Libre - Colombia

russia / ukraine / belarus / imperialism / war / press release Friday February 25, 2022 18:15 byKarala

On Thursday, 24 February, in Ankara, the capital city of Turkey, we attempted to carry out a demonstration in front of the Russian Embassy in Ankara as a response to the call for action made by anarchists in Ukraine. Even before the demonstration started, police have arrested all of our comrades, 6 in total. “Murderer state will pay!” and “State is war, war means massacre!” slogans shout during the arrest. The following statement was meant to read during the demonstration.

States are fighting, peoples are being massacred!

We are here today as a response to the call for action made by our anarchist comrades in Ukraine, to demonstrate in front of Russian Embassies around the world. We are here because today our brothers in Ukraine woke up with bombs.

Battle! Can we grasp what it means? Is there a worse word in our language than this? Do we think of photos of massacre, murder, looting, plunder and destruction? Do we hear the sounds of planes, missiles, bombs, and dozens of war instruments that have reached completely different stages in the 21st century? Can we see the battlefields full of corpses?

The geography of Ukraine, which is kilometers away from here, is being attacked by the Russian State today. But this occupation is not a new occupation for Ukraine. In Ukraine, people live under the occupation of states, as in the rest of the world. Today, the invader Russian State is waging war against the invader Ukrainian State. There are not only two sides of this war. The sides of this war are NATO, the USA, the EU and their affiliated states.

For us, Ukraine, NATO, the USA, the EU, Russia are equally invaders. Because these states and alliances are organized terrorist organizations founded on the lives of the peoples, fed by the labor of the peoples, and grown with the blood of the peoples. For decades, our lands, our lives, our future, our existence, our selves, our everything has been under the occupation of these terrorist organizations.

What is happening today is nothing but the duel of these terrorist organizations. These duels have occurred countless times in history. We saw this duel in World Wars. The same things happened in the geography we live in, in the Middle East, Afghanistan, Iraq, Syria, all over the world. The world's largest organized terrorist organizations have repeatedly clashed over the lives of peoples.

The thieves, who were too cowardly to fight, and therefore brought the youth of the world to the front to fight for themselves, killed millions of people over and over.

The same thing is happening today. The playground of those who are in an endless war with each other for their domination over the world, and this time it’s in Ukraine! The Ukrainian State, which supports the neo-Nazis who burned to death 48 people in the union building in Ukraine, the USA, which has carried out massacres in Iraq, Afghanistan, Syria and countless geographies, the EU, the gigantic terrorists of global capitalism, the organized terrorist organization that has equipped war bases all over the world. NATO, Russia, which has repeatedly turned Georgia, the Crimea, the Caucasus, and Central Asia into a war zone, and they have countless war tools. And the poor people's children, who were forcibly dragged to the front by them, and millions of people whose living space has been turned into a war zone!

The same organized crime groups have turned Syria into a war zone a few years ago. In the ongoing global civil war in Syria, Aleppo, Idlib, Kobane, Afrin, Raqqa, Serekaniye and many cities have been repeatedly occupied by these organized crime groups and gangs under their control. The war waged by these gigantic organized crime groups in Syria once again showed us that the only solution is a revolution by the people's self-organisation.

We saw a similar example in Ukraine at the beginning of the last century. The territory of Ukraine, which is being occupied by Russia today, was left to the German-Austrian Empires as a result of a world war treaty. Anarchists in Ukraine taught us what to do against war and occupation that day. To the armies of Germany and Austria, the remnant of Tsarist Russia to the White Army, the new power in Russia to the Red Army, the Ukrainian Nationalists to Petlyura; against all tyrants that are against the people by nature; they carried out a revolution by the self-organization of the people. Today, this is the only solution for the oppressed peoples in Ukraine and other parts of the world. We must organize freedom every day all over the world against states, each of which is a war machine, and increase the struggle against capitalism and the state.

Our Ukrainian anarchist comrades issued a statement today and said: “As anarchists, who understand more than anyone else the importance of freedom, we know that all forces must be gathered and organized to fight against dictators. Maybe at the moment our movement is weak and not prepared for military action. But he will be able to make a small contribution to tying the noose around the dictator's neck.” Today we salute our anarchist comrades who are fighting for freedom in Ukraine.

The invaders are not only in Ukraine but all over the world. They are the bloodsuckers who start the war, the bosses in our workplaces, the states in our lives, the capitalists who have invaded every part of the world. The oppressed peoples in all geographies of the world, who produce everything on earth, must refuse to produce the knife that rests on the throat of their brothers and fight for states that feed on the blood of peoples.

We stand with the oppressed peoples, against the war waged with the blood of our brothers, against NATO, the USA, the EU, the Ukrainian state and Russia!

Karala

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Russia / Ukraine / Belarus

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